O Estado Novo é período em que Getúlio Vargas governou o Brasil de 1937 a 1945. Este governo ficou marcado, no campo político, por um governo ditatorial.

    Em 1938 deveriam ocorrer as eleições presidenciais. Porém, para se manter no poder, Getúlio alegou a existência de um suposto golpe de estado elaborado pelos comunistas (Plano Cohen). Aproveitando-se do momento de instabilidade política no país, Getúlio Vargas deu um golpe de estado em 10 de novembro de 1937contando com o apoio de grande parte da população com medo do comunismo e dos militares. Assim iniciou-se um período ditatorial, a primeira ditadura no Brasil, durante o Estado Novo. Esse período ditatorial ficou marcado não só com o Golpe de Estado de Vargas, mas também por que fechou o Congresso Nacional e impôs um nova constituição anti-democrática. A nova constituição ampliou os poderes presidenciais, dando a Getúlio Vargas o direito de intervir nos poderes Legislativo e Judiciário, tendo algumas diretrizes políticas semelhantes aos governos fascista e nazista.

    Entre novas medidas criadas pelo governo,  uma dessas foi a criação do Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), responsável fiscalizar os meios de comunicação da época e fazer uma propaganda de imagem positiva do governo. Outra medida importante da política de Vargas foi a relação entre o governo e as classes trabalhadoras de um carater populista, o governo procurava se manter a favor dos trabalhadores elaborando concessões e leis de amparo ao trabalhador. Desmobilizando os sindicatos, Getúlio transformou-os em um espaço de divulgação da propaganda governista e das ideologias varguista.

    As ações de Vargas, dirigidas às classes trabalhadoras, teve grande importância para o crescimento da burguesia industrial da época. Vargas dava condições para o amplo desenvolvimento do setor industrial brasileiro. Além disso, o governo agia diretamente na economia realizando uma política de industrialização. Nessa política , o Estado era responsável pelo crescimento da indústria a partir da criação das indústrias de base. Essas indústrias de base dariam suporte para que as demais industriais se desenvolvessem. As indústrias estatais de base criadas por vagas no período foram, a Companhia Siderúrgica Nacional (1940), a Companhia Vale do Rio Doce (1942), a Fábrica Nacional de Motores (1943) e a Hidrelétrica do Vale do São Francisco (1945).

    Em 1939, inícia-se a Segunda Guerra Mundial, modificando os últimos anos do Estado Novo, pois no início do conflito, Vargas adotara um posição contraditória:  apoiando os países do Eixo, e as vezes apoiava dos aliados. Depois de um empréstimo de 20 milhões de dólares, os EUA conquistam  de vez o apoio do Brasil contra o Eixo. Essa luta do Brasil contra os regimes de Adolf Hitler e Benito Mussolini causou uma tensão política que desestabilizou a legitimidade da ditadura de Vargas. 

    No ano de 1943, um documento chamado Manifesto dos Mineiros, organizados por intelectuais e influentes figuras políticas, exigia o fim do Estado Novo e o retorno da democracia. Aceitando a reinvidicação, Vargas cria uma emenda constitucional que permitia a criação de partidos políticos e eleições para 1945.  Por conta dessa emenda surgiram novos partidos: o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) e o Partido Social Democrata (PSD), ambos redutos de apoio a Getúlio Vargas; a União Democrática Nacional (UDN), agremiação de direita opositora de Vargas; e o Partido Comunista Brasileiro (PCB).

    Já em 1945, as decisões tomadas pelo governo favoreciam a saída de Vargas. Por isso,os que apoiavam Vargas organizaram o chamado Movimento Queremista, exibindo o lema “Queremos Getúlio!”,defendendo a continuidade do governo de Vargas. Mesmo recebendo apoio de vários setores favoráveis à sua permanência, Getúlio decide pela deposição, liderada por militares, pretendendo conservar uma imagem positiva do seu governo, aceitando o golpe, ele passava a ideia de que era favorável a democrácia, o que ocorreu em setembro do mesmo ano.  Essa estratégia rende a Getúlio um mandato como senador, entre 1945 e 1951, e o retorno a presidencia, em 1951.