Expansão Marítima
Portugal e Espanha, os dois estados europeus precursores do processo de expansão marítima nos séculos XV e XVI. Esse pioneirismo pode ser explicado por alguns motivos.
Conquista de Cueta, em 1415, possibilitando o controle de um importante centro comercial no norte da África.
Conquista de Constantinopla, em 1453, ocasionando dificuldade para os europeus conseguirem especiarias provenientes da Índia, tendo que utilizar a navegação para consegui-las.
Conquista de Granada, em 1492, o que pôs fim ao processo de reconquista na península Ibérica dominada pelos mouros desde o século VII.
Acumulo de Metais Preciosos, uma prática comum entre os Estados Europeus dos séculos XV e XVI.
Religiosidade, levar a fé cristã a pessoas que não conheciam e era uma prática principalmente de Portugal e Espanha.
A BULA INTER COETERA E O TRATADO DE TORDESILHAS
Os governantes espanhóis resolveram legitimar a posse das novas terras por meio da autoridade da Igreja Católica. Em 1493, o papa Alexandre VI promulgou a bula Inter Coetera, que estabelecia uma linha imaginária de 100 léguas das ilhas de Cabo Verde, determinando que todas as terras a oeste dessa linha seriam da Espanha.
O rei de Portugal. João II contestou a bula papal e negociou diretamente com os reis espanhóis, Fernando e Izabel, o estabelecimento de um tratado que integrasse Portugal na divisão das terras. O tratado de Tordesilhas, assinado em 1494, estabelecia uma linha imaginária a 370 léguas das ilhas de Cabo Verde. As terras a oeste dessa linha eram posse da Espanha, e todas a leste eram de Portugal.