Egito Antigo

Essa civilização se originou no nordeste africano, próxima as margens do rio Nilo, entre 3200 a.C. Sendo a região formada por grandes desertos, o maior deles sendo oSaara, o rio Nilo era de extrema importância para os egípcios. O Nilo era utilizado para transporte de mercadorias e pessoas. Suas águas também eram utilizadas para beber, pescar, mas a importância maior era a de fertilizar as margens, nas épocas de cheias, o que favorecia a agricultura egípcia.

    A sociedade do Egito era dividida camadas, sendo a autoridade máxima o faraó, considerado muitas vezes um deus na Terra. Seguido pelos sacerdotes, militares, escribas (responsáveis pela escrita), camponeses, comerciantes e os escravos, estes também tinham importância na sociedade. Esta sociedade era sustentada pelo trabalho escravo, muitos desses prisioneiros de guerras, impostos pagos por camponeses, artesãos e pequenos comerciantes.Os escravos trabalhavam muito e nada recebiam pelo seu trabalho, apenas água e comida, além de serem a maioria na sociedade egipcia.  

    A escrita egípcia foi muito importante para este povo, o que lhes permitiu a divulgação de várias idéias, como a comunicação e o controle de impostos. No Egito havia dois tipos de escrita: a demótica (mais simples e usada pela população no cotidiano) e a hieroglífica (mais complexa, formada por desenhos e símbolos, usada nos documentos oficiais e sagrados). Nas paredes internas das pirâmides existia vários escritos em Hieróglifos que falavam sobre a vida do faraó e rezas, mostrando a importância da escrita. O papiro, uma espécie de papel produzido a partir de uma planta de mesmo nome, também era utilizado para registrar os textos. Os hieróglifos egípcios começaram a ser decifrados no século XIX pelo Champollion, através da Pedra de Roseta, encontrada pelo exército francês durante a invasão do Egito. 

    A agricultura era quem regia a economia egípcia, realizada principalmente, nas margens férteis do rio Nilo, aproveitando as épocas de cheias, quando o solo ficava mais fértil, favorecendo a agricultua. Porém os egípcios também tinham como parte da econômia o comércio de mercadorias, também aproveitando o rio Nilo para o transporte, além do artesanato. Os trabalhadores rurais, em tempos de estiagens, os militares em períodos de paz, quando não havia guerras eram   convocados pelo faraó para prestarem algum tipo de trabalho em obras públicas como na construção de canais de irrigação, pirâmides, templos ou diques.

A religião egípcia era baseada no Políteismo, acreditavam na existência de vários deuses, sendo que a maioria dos deuses mantinham o formato de parte  humano e parte de animal, ou seja, Antropozoomorfica. As ofertas e festas oferecidas aos deuses tinham como objetivo agrada-los aos para que ajudassem nas guerras, colheitas e momentos da vida.  Cada cidade possuía deus protetor e templos religiosos em sua homenagem.

Os principais deuses ao lado, da direita para a esquerda, deus Rá, deus Anúbis e deus Osíris.

Mumificação

    Por acreditarem na vida após a morte, os egipcios mumificavam seus mortos, também os faziam com os cadáveres dos faraós colocando-os em pirâmides, construidas para serem utilizadas pelos faraós e sua família como túmulos, com o objetivo de preservar o corpo, para possuí-los novamente, caso fossem absolvidos no Tribunal de Osíris, segundo crenças egípcias. No Tribunal de Osíris, o coração era pesado pelo deus da morte, caso o coração fosse pesado para uma vida na escuridão e para uma vida boa aqueles de coração leve. 

    Para os egípcios, a morte era passageira e a vida seria retomada após o julgamento de Osíris, porém o retorno à vida só ocorreria se o corpo do moribundo fosse conservado. As técnicas de mumificação desenvolvidas pelos egipcios só existiu em razão da desenvolvida medicina. Os médicos egípcios já faziam cirurgias, cuidavam de fraturas, e já conheciam a anatomia humana. Mesmo com as técnicas de preservar os corpos através da mumificação, os egípcios precisavam protege-los dos saqueadores, daí a construção de enormes túmulos, ou Pirâmides. O sacrifício de outras pessoas eram comum depois da morte do faraó, com a crença na imortalidade da alma, o retorno para a vida significaria ter pessoas para servi-lo (os criados) e continuar com sua riqueza era fundamental para exercer o poder.

    Graças ao processo de mumificação, os egípcios avançaram muito em algumas áreas científicas. Ao abrir os corpos, aprenderam muito sobre a anatomia humana. Em busca de substâncias para conservar os corpos, descobriram a ação de vários elementos químicos, ajudamdo-nos em nossos dias com vária áreas da ciência atual.

Legado Egíocio

    Os egípcios destacaram-se nas áreas de ciências (astonomia), na área da matemática (construção das Pirâmides), na medicina (na mumificação), proporcionando importantes conhecimentos sobre o corpo humano.

    Destacaram-se também na arquitetura na construção de templos, palácios e pirâmides. Construções financiadas e administradas pelos faraós. Grande parte dessas obras eram erguidas com enormes blocos de pedra, utilizando mão-de-obra escrava, tendo como obras mais conhecidas do Egito Antigo as pirâmides e a esfinge de Gizé.