A Roma Antiga surgiu de uma pequena cidade e tornou-se um dos maiores impérios da antiguidade. Herdamos várias características culturais dos romanos. O direito romano, o latim, que deu origem a língua portuguesa, entre outras.

    Explica-se a origem de Roma através do mito de Rômulo e Remo. Na mitologia mitologia romana, os gêmeos foram jogados no rio Tibre, na Itália. Resgatados por uma loba, foram criados posteriormente por um casal de pastores. Quando adultos, retornam a cidade onde nasceram (Alba Longa), ganham terras e funda uma nova cidade que seria Roma.

    A fundação de Roma foi resultado da mistura de três povos que  habitava a região da Península Itálica: gregos, etruscos e italiotas. Na região desenvolveram uma economia baseada na agricultura, nas atividades pastoris e sua sociedade era formada por patrícios - grandes proprietários de terras - e plebeus - comerciantes, artesãos e pequenos proprietários de terra. Seu sistema político era a monarquia, já que a cidade era governada por um rei de origem patrícia. Na religião, adotaram deuses semelhantes aos dos gregos, se tornando politeistas, porém com nomes diferentes. Suas artes destacava-se por causa da pintura de afrescos, murais decorativos e esculturas com influências gregas.

 

A Monarquia Romana

    Uma das lendas mais discutidas é a chamada “Rapto das Sabinas” que conta as preocupações de Rômulo em povoar Roma. Para isso, passou a atrair povos estrangeiros com a promessa de dar uma esposa para cada um. Para realizar o que prometeu, organizou um jantar com os sabinos, no intuito de distraí-los para roubar suas mulheres. O que mais se pode perceber nessa história é a aliança entre sabinos e romanos nos primeiros anos monárquicos. Outro fato que se destaca dessa época, sem muitos registros documentados, é que depois de Rômulo houve seis reis em Roma, sendo latinos, sabinos e etruscos, estes sendo os ultimos.

    Mesmo na monarquia romana e com o rei possuindo um grande poder, havia um sistema legislativo, formado pelo Conselho de Anciãos ou Senado. Sendo os patrícios os mais influentes, limitando o poder do monarca em exercício. Existia a Cúria, ou a Assembléia Curiata, e nesta estavam os patrícios adultos mais jovens, que validavam as decisões do Conselho. Formava-se assim uma pirâmide social, sendo que os patrícios ocupavam o topo, seguidos pelos plebeus na posição intermediária e na base, sustentando toda a sociedade com seu trabalho, os escravos.

 

República Romana 

    Na república romana, o senado ganhou grande poder político. Os senadores, de origem patrícia passaram a cuidavam das finanças públicas, da administração, da política externa. Já as atividades executivas eram de responsabilidades dos cônsules, representantes dos tribunos da plebe. Os tribunos da plebe está relacionado às lutas dos plebeus contra os patrícios por uma maior participação política e por melhores condições de vida. Essas lutas permitiram que fosse aprovada a Lei Licínia, garantindo a participação dos plebeus no Consulado - dois cônsules eram eleitos: um patrício e um plebeu. Esta lei acabou ajudando  com o fim da escravidão por dívidas, direcionada somente para cidadãos romanos.

    O grande problema da República era exatamente a desigualdade de direitos entre patrícios e plebeus, provocando uma série de lutas sociais em Roma que duraram cerca de dois séculos. Por conta do aumento da mão de obra escrava e dos prisioneiros de guerra, uma nova camada social de surgiu, conhecida como “Homens Novos”, originada da classe dos plebeus e que enriqueceram com os saques dos territórios conquistados, com o comércio e a cobrança de impostos.

    Obrigados a servir no exército romano, muitos plebeus regressavam para sua terra natal tão empobrecidos e eram obrigados a vender quase tudo o que possuíam, inclusive suas propriedades agrícolas para sobreviver. Com a venda destas terra formava-se grandes latifúndios nas mãos dos nobres (patrícios), e os plebeus,empobrecidos, emigravam para as grandes cidades, onde cada vez mais aumentava massa de desocupados, pobres e famintos. Esse enriquecimento dos patrícios, a custas dos plebeus, a proletarização dos plebeus e ascensão dos generais levaram ao surgimentos de várias revoltas plebeias.

    Entre os séculos II e I a.C., os conflitos sociais perduravam e as ditaduras ganharam espaço. Com essa constante instabilidade político social, os generais, chefes do exército, passaram a aspirar maior participação política na República, dando origem aos Triunviratos. O primeiro Triunviratoa era formado por Júlio Cesar, Pompeu e Crasso, que ápos anos de disputas entre eles Júlio Cesar se torna o primeiro ditador em Roma. O assassinato de Júlio Cesar da origem ao segundo triunvirato com Marco Antônio, Otávio e Lépido, que nesse último Otávio se torna o primeiro Imperador de Roma.

 

A expansão do Império Romano

    Otávio torna-se o primeiro Imperador de Roma, governando de 27 a.C. a 14 d.C. No comando do Império, Otávio conquista toda a península itálica, partindo para conquistas em outros territórios. Com um exército bem preparado e muitos recursos, os romanos conseguem vencer os cartagineses nas chamadas Guerras Púnicas. Uma importante vitória que garantiu aos romanos a supremacia no Mar Mediterrâneo. 
    Após dominar Cartago, no século III a.C, Roma ampliou suas conquistas, dominando a Grécia, o Egito, a Macedônia, a Gália, a Germânia, a Trácia, a Síria e a Palestina. Com as conquistas de novas terras Roma passará por significativas mudanças. O império passou a ser muito mais comercial em vez de agrário, povos derrotados foram escravizados e obrigados a pagarem altissímos impostos para o império. As províncias proporcionaram grandes recursos para Roma, como o enriquecimento da capital do Império, além da vida dos romanos também ter mudado.

 

A Crise e a Queda

    A partir do século III o Império Romano começou a declinar, e entre muitas razões, se destaca a crise do sistema escravidão.

  O trabalho escravo era um dos motores da riqueza Romana, sendo a maioria dos escravos prisioneiros de guerra. Desde o final do século II, com a diminuição das as guerras de conquistas , diminuiu-se o número de escravos para serem vendidos. Isso fez o preço dos escravos ficarem cada vez mais alto. Com essa crise, foi afetado a agricultura, o artesanato, e setores que dependiam do trabalho escravo para a produção de seus produtos, já que visavam o mercado externo. De forma que, impossibilitou a produção de gêneros destinados à exportação. Roma passou a gastar as riquezas, acumuladas nas guerras de conquista, pagando os produtos que importava, como cereais, armas e jóias.