O Primeiro Reinado da História do Brasil, corresponde ao governo de D. Pedro I. Inícia em 7 de setembro de 1822, com a Independência do Brasil, nas margens do rio Ipiranga e termina em 7 de abril de 1831, com a abdicação do trono por D. Pedro I. Seu governo enfrentou muitas dificuldades para consolidar a independência, pois no Primeiro Reinado ocorrem muitas revoltas regionais, oposições políticas internas. Nas províncias do Norte e Nordeste do Brasil, militares e políticos, favoraveis ao domínio de Portugal, não reconheciam o novo governo de D. Pedro I, ocorrendo nessas regiões muitos protestos e reações políticas. Nas províncias do Grão-Pará, Maranhão, Piauí e Bahia também aconteceram conflitos armados entre a população que não reconheciam a independência e tropas oficiais chamadas de Guerras da Independência. Porém, as mais importntes no período do Primeiro Reinado foram a Conferência do Equador e a Guerra da Cisplatina.

    Entretanto, para consolidar a Independência do Brasil, D. Pedro I enfrentou além das rebeliões internar, processos externos, envolvendo paises importantes do período. Para reconhecerem a independência do Brasil Inglaterra e Portugal exigem benefícios e indenização. Menos os EUA, o primeiro a reconhecer a independência do Brasil, não exigiu vantagens, pois deffendia os edeais da Doutrina Monroe, "América para os americanos". Para Portugal, o Brasil foi obrigado e pagar uma indenização de 2 Milhões de Libras, assim Portugal reconheceria a independência brasileira, tudo isso intermediado pela Inglaterra. Além de intermediar a negociação entre Brasil e Portugal, a Inglaterra empresta ao Brasil o valor para ser pago a indenização exigida por Portugal. Todos os feitos ingleses buscava vantagens, o que aconteceu em 1826, com ratificação dos Tratados do Comércio de 1810, assinado por D. João VI, aumentando os privilégios economicos ingleses por mais 15 anos.

    Para tentar formalizar a independência, em 1823, D. Pedro I exige a elaboração de uma Constituição. Durante a elaboração, os políticos tentaram limitar os poderes do imperador, pois o imperador possuia uma reação política autoritária de governar. Neste mesmo ano, insatisfeito com a Assembleia Constituinte e com a Contituição elaborada, ordenou o fechamento da Assembleia e que alguns deputados fossem presos. Tentando continuar seu projeto, D.Pedro I escolhe dez pessoas de sua confiança para elaborar a nova Constituição, que o favorecesse, sendo outorgada em 25 de março de 1824 e apresentou todos os interesses autoritários do imperador. Mantendo os três poderes (legislativo, executivo e judiciário), foi criado o poder Moderador, que concedia ao imperador diversos poderes políticos sobre os demais. A Constituição de 1824, elaborado por D. Pedro I definiu leis para as eleições no país, de um caracter eletista ou censitario. Dando direito a voto só aos grandes proprietários de terras, do sexo masculino e com mais de 25 anos. Para ser candidato também era necessário comprovar alta renda (400.000 réis por ano para deputado federal e 800.000 réis para senador).

    O descontentamento que havia surgido durante a elaboração da primeira Constituição do Brasil, a oposição ao governo de D.Pedro I, junto com a Guerra da Cisplatina contribuiram para o descontentamento do governo de D. Pedro I. Entre 1825 e 1828, o Brasil se envolveu na Guerra da Cisplatina, onde a província brasileira da Cisplatina (atual Uruguai) reivindicava a independência. O conflito gerou muitas mortes e altos gastos financeiros para o império, mais pior que isso foi o Brasil sair derrotado e obrigado a reconhecer a independência da Cisplatina que passou a se chamar República Oriental do Uruguai.

    A união entre as províncias de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará, também descontentes com o governo de D. Pedro I, formaram em 1824 a Confederação do Equador . Seu objetivo era de criar um estado independente e autônomo do governo central. A insatisfação popular, principalmente com as condições sociais do país, o descontentamento político da classe média e fazendeiros da região, o autoritarismo de D.Pedro I foram as principais causas deste movimento. Liderados por Manuel de Carvalho Pais de Andrade, em 1824 e declaram guerra ao governo imperial. Reagindo rapidamente, o governo central contra as províncias separatistas, muitos revoltosos foram presos e dezenove foram condenados a morte. A confederação foi desfeita, porém a insatisfação com o governo de D.Pedro I só aumentou.

    Poucos anos depois da Independência do Brasil, a governo de D.Pedro I estava desgastado. A insatisfação popular com a situação social do país era grande. A forma autoritaria do imperador deixava grande parte da elite descontente. A derrota na Guerra da Cisplatina, revoltas e movimentos sociais de oposição ao governo, foram os motivos que levaram aos poucos ao fim do governo imperial. O assassinato do jornalista Libero Badaró, em 1830, Forte crítico do governo imperial, gerou a desconfiança popular, o que caiu sobre homens ligados ao governo imperial a morte de Badaró. Em março de 1831, D. Pedro I, voltando de uma viagem à Minas Gerais, foi recebido no Rio de Janeiro por opositores, e alguns mais exaltados jogavam garrafas no imperador, esse epísodeo ficou conhecido como “A Noite das Garrafadas”. Sentindo a forte oposição ao seu governo e o crescente descontentamento popular, D.Pedro percebeu que não tinha mais autoridade e forças políticas para se manter no poder. No dia 7 de abril de 1831, D.Pedro I abdicou o trono em favor de seu filho Pedro de Alcântara, então com apenas 5 anos de idade, dando início ao Período Regencial , o momento mais conturbado da história do Brasil.